sexta-feira, 16 de maio de 2014

Mesa ou tablet? A carta da militância anti-conectividade

A espetacular internet de casa não funciona, assim como a do meu celular. E olha que não moro no Triângulo das Bermudas. Com a minha “desconectividade” com o mundo, lembro-me das diversas campanhas no molde “largue seu celular”. Sempre achei uma besteira sem tamanho, mas se roda tanto por aí, merece atenção do blog.

É óbvio que hoje as pessoas olham mais para o celular do que 10 anos atrás. Todos querem teclar, compartilhar e conversar por meio do Facebook, Whatsapp e Twitter. Eu, particularmente, curto bastante essa ideia. Mas o que enche o saco é a folclorização em torno do assunto.

Não faltam vídeos, fotos e textos retratando famílias jantando e mexendo no celular ao mesmo tempo. Agora me diga: quantas famílias assim você conhece? Pois é.

Como se fosse uma guerra ideológica, a militância anti-conectividade usa exemplos isolados como regra geral, tocando os corações revolucionários da grande maioria dos nossos queridos jovens. Mas esses mesmos jovens não leram o texto militante no jornal impresso. Muito menos viram o vídeo na fogueira da roda hippie do sábado à noite.

Não pensem que sou a favor do fim da conversa pessoal. É inegável que algumas pessoas se afastam do seu entorno por conta da excessiva conectividade. Porém, esse não é o único lado da moeda.

Por meio do Twitter, por exemplo, podemos nos informar, nos interessar por assuntos variados e conhecer pessoas. Muito mais agradável do que várias conversas por aí. Equilibrar esses pratos é muito mais simples do que alegam.

Se você acredita que o mundo seria melhor sem as redes sociais, não compartilhe vídeos dizendo que “perdemos o amor de nossas vidas por causa de um celular”. Não rola.

Ah! E o celular ajuda a construir e manter muitos relacionamentos. Procure um, militante. (:

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