É óbvio que hoje
as pessoas olham mais para o celular do que 10 anos atrás. Todos querem teclar,
compartilhar e conversar por meio do Facebook, Whatsapp e Twitter. Eu,
particularmente, curto bastante essa ideia. Mas o que enche o saco é a
folclorização em torno do assunto.
Não faltam
vídeos, fotos e textos retratando famílias jantando e mexendo no celular ao
mesmo tempo. Agora me diga: quantas famílias assim você conhece? Pois é.
Como se fosse uma
guerra ideológica, a militância anti-conectividade usa exemplos isolados como
regra geral, tocando os corações revolucionários da grande maioria dos nossos queridos
jovens. Mas esses mesmos jovens não leram o texto militante no jornal impresso.
Muito menos viram o vídeo na fogueira da roda hippie do sábado à noite.
Não pensem que
sou a favor do fim da conversa pessoal. É inegável que algumas pessoas se
afastam do seu entorno por conta da excessiva conectividade. Porém, esse não é
o único lado da moeda.
Por meio do
Twitter, por exemplo, podemos nos informar, nos interessar por assuntos
variados e conhecer pessoas. Muito mais agradável do que várias conversas por
aí. Equilibrar esses pratos é muito mais simples do que alegam.
Se você acredita
que o mundo seria melhor sem as redes sociais, não compartilhe vídeos dizendo
que “perdemos o amor de nossas vidas por causa de um celular”. Não rola.
Ah! E o celular
ajuda a construir e manter muitos relacionamentos. Procure um, militante. (:
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